O Ministério Público de São Paulo (MPSP) está investigando ameaças ao pastor Miguel Oliveira, de 15 anos, que se autointitula "profeta". A investigação preliminar começou após os pais do adolescente levarem o caso à Polícia Civil. Miguel Oliveira, que tem cerca de 1,3 milhão de seguidores no Instagram, virou alvo de críticas e ataques nas redes sociais por sua atuação em cultos, onde afirma realizar milagres como a cura do câncer.
A assessoria de Miguel Oliveira classificou as ameaças como "absurdas" e informou que os pais do adolescente decidiram não expor mais o filho. "Ele é menor, e os pais não querem mais falar com nenhuma mídia, pois as ameaças estão absurdas. Xingamentos e coisas absurdas. Já foram na delegacia, e nada acontece. Então, eles acharam melhor não responder e não aparecer mais", relatou uma profissional à coluna.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cabe ao Ministério Público investigar ameaças a menores de 18 anos, sejam por parte da família, do Estado ou da sociedade. As denúncias são acompanhadas pela Promotoria da Infância e da Juventude.
Miguel Oliveira nasceu em Carapicuíba, interior de São Paulo, onde está a sede da igreja Assembleia de Deus Avivamento Profético, para a qual atua como pregador. Ele diz ter iniciado sua "missão" aos 3 anos, após ser supostamente curado da surdez e da mudez. Hoje, participa de diversos eventos religiosos pelo país e concede entrevistas a podcasts e emissoras de rádio e TV.
As críticas ao pastor mirim rapidamente se transformaram em ameaças nas redes sociais. "Ele precisa é de um susto, mas tem alguém por trás dele. Todos precisam de uma lição, inclusive quem está apoiando e seguindo ele", diz um comentário na página de Miguel. "Esse pequeno moleque está mais para capeta em forma de gente. Pior que ainda tem gente que acredita. Alguém tem que parar esse moleque o mais rápido possível", afirma outro.