Pastor lucrou R$ 3 milhões com orações geradas por IA no disque-benção

 


Um pastor foi protagonista de um esquema criminoso que gerou cerca de R$ 3 milhões em lucros ao oferecer orações geradas por inteligência artificial (IA) através de um serviço conhecido como "disque-benção". A ação foi desarticulada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) durante a Operação Blasfêmia, que identificou um grupo organizado que se passava por líderes religiosos para aplicar golpes espirituais em fiéis.

O esquema funcionava com dezenas de atendentes orientados a usar áudios pré-gravados, simulando orações e promessas de milagres por meio do WhatsApp. As vítimas eram induzidas a fazer pagamentos via Pix, com valores que variavam de R$ 20 a R$ 1,5 mil, dependendo do tipo de "oração" escolhida. Para ocultar o dinheiro, os criminosos utilizavam uma rede de contas bancárias em nomes de terceiros.

A investigação constatou que o grupo movimentou mais de R$ 3 milhões em dois anos, com 42 pessoas implicadas, entre elas o pastor Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como Pastor Henrique Santini, apontado como chefe do esquema. A Justiça já bloqueou contas bancárias, determinou sequestro de bens e monitoramento eletrônico do líder da quadrilha.

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