O cometa interestelar 3I/ATLAS, descoberto em 1º de julho de 2025 pelo sistema ATLAS no Chile, tem atraído atenção mundial por ser apenas o terceiro objeto identificado vindo de fora do Sistema Solar a cruzar nossa vizinhança cósmica. O 3I/ATLAS entrou no Sistema Solar a aproximadamente 4,5 unidades astronômicas do Sol, movendo-se a uma velocidade impressionante de 58 km/s em relação à estrela e com uma trajetória hiperbólica que indica que não retornará.
Este objeto enigmático é um cometa ativo, composto por um núcleo sólido coberto por uma coma — uma nuvem de gás e poeira resultante da sublimação do gelo conforme o cometa se aquece ao se aproximar do Sol. Com base em imagens do Telescópio Espacial Hubble e outras observações, estima-se que o núcleo tenha menos de 1 km de diâmetro, embora envolto pela brilhante e difusa coma que dificulta medições precisas.
O 3I/ATLAS possui uma composição química incomum, sendo especialmente rico em dióxido de carbono (CO2) comparado a outros cometas do Sistema Solar, com também pequenas quantidades de gelo de água, monóxido de carbono e outros gases emitidos. Astrônomos acreditam que ele pode ter se originado numa região fria ao redor de sua estrela de origem, na "linha do gelo do dióxido de carbono". Com idade estimada em cerca de 7 bilhões de anos, é mais antigo que o nosso Sol.
O periélio — ponto de maior aproximação ao Sol — ocorrerá em 29 de outubro de 2025, a cerca de 1,36 unidades astronômicas, entre as órbitas da Terra e Marte. Durante sua passagem, o 3I/ATLAS não representa qualquer risco para nosso planeta, mas oferece uma oportunidade única para os cientistas estudarem material de outro sistema estelar, ampliando nosso conhecimento sobre a formação e evolução de outras regiões na galáxia.