O Ministério da Saúde confirmou 24 casos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, entre as 259 notificações recebidas até o momento. Outros 235 casos seguem em investigação e 145 foram descartados. A maior parte das ocorrências está concentrada no estado de São Paulo, que também registrou cinco óbitos. Além de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul notificaram três e um caso, respectivamente. A situação tem mobilizado autoridades sanitárias e de segurança pública diante do risco à saúde coletiva.
Para reforçar o atendimento às vítimas, o Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (9) um lote com 2,5 mil unidades de fomepizol, medicamento utilizado como antídoto no tratamento de intoxicação por metanol. A primeira remessa, com 1,5 mil doses, foi destinada prioritariamente a São Paulo, onde há maior concentração de casos. O medicamento será distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando a capacidade de resposta das unidades hospitalares. A intoxicação por metanol pode causar sintomas graves, como cegueira, coma e morte, exigindo intervenção médica imediata.
Diante da gravidade do cenário, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a fiscalização dos órgãos públicos federais responsáveis pelo controle da produção e comercialização de bebidas no país. A medida busca identificar falhas na cadeia de fiscalização e prevenir novos casos. A regulação do setor envolve uma rede de instituições, incluindo o Ministério da Agricultura, Anvisa, vigilâncias sanitárias, polícias civis e federal, Procons e Ministério Público. A atuação integrada desses órgãos será essencial para conter a circulação de produtos irregulares e garantir a segurança dos consumidores.