Internautas organizam boicote a produtos dos EUA em reação ao tarifaço

A partir desta sexta-feira, 1º de agosto, internautas brasileiros prometem iniciar um “boicotaço” contra produtos norte-americanos como forma de protesto contra o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. A campanha ganhou força nas redes sociais nos últimos dias, com a circulação de listas contendo mais de 100 itens de origem americana que devem ser evitados pelos consumidores brasileiros. Entre os alvos estão marcas de refrigerantes, redes de fast-food, eletrônicos e plataformas de e-commerce.

A mobilização ocorre em resposta à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando desequilíbrio comercial e motivação política relacionada a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida gerou forte repercussão no Brasil e levou uma comitiva de senadores a Washington para tentar reverter as sanções. O vice-presidente Geraldo Alckmin também busca diálogo com autoridades americanas, mas enfrenta resistência, segundo declarações recentes do presidente Lula.

O movimento de boicote segue o exemplo de ações semelhantes em outros países, como o Canadá, que em março deste ano adotou medidas contra produtos dos EUA após ameaças tarifárias. No Brasil, a campanha tem caráter simbólico e visa pressionar por uma resposta diplomática mais firme. Especialistas alertam, no entanto, que o impacto econômico de um boicote popular pode ser limitado, mas reconhecem seu potencial como instrumento de mobilização social e expressão política.

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