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Nem mesmo a chuva foi capaz de conter o entusiasmo do público que compareceu em peso à abertura do rodeio da 50ª edição da Expoacre, realizada na noite de segunda-feira, 28, no Parque de Exposições Wildy Viana. A arena, com capacidade ampliada para até 20 mil pessoas, ficou completamente lotada, evidenciando a força da tradição do evento no estado. Embora as montarias tenham sido adiadas para o dia seguinte, o público foi brindado com um espetáculo de abertura que incluiu show pirotécnico e a apresentação dos 52 peões que disputarão a competição, vindos do Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Entre os competidores, histórias de perseverança e sonho se destacam, como a do jovem Ismael de Lima, de 25 anos, natural de Sena Madureira. Com experiência desde os 17 anos, ele busca não apenas o prêmio de uma caminhonete zero quilômetro, mas também a oportunidade de representar o Acre no rodeio de Barretos, o maior do país. O evento também é palco de memórias afetivas e tradições familiares, como a da costureira Isabele Barbosa, que levou a filha para reviver momentos da infância ao lado do pai, e do autônomo Lucimar Araújo, que acompanha o rodeio desde a juventude.
A celebração do cinquentenário da Expoacre reforça o papel cultural do rodeio na identidade acreana. Figuras como a madrinha do rodeio, Sandy Andrade, e a aposentada Edna Vaz, que participa do evento desde 1987, simbolizam a continuidade dessa tradição. Para o secretário de Agricultura, José Luiz Tchê, o sucesso de público comprova que o rodeio está enraizado na cultura local. A abertura da competição, mesmo sob chuva, reafirma o vínculo entre o povo acreano e suas raízes rurais, marcando o início de mais uma edição histórica da feira.
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