O Ministério Público do Acre (MPAC) instaurou um procedimento administrativo para investigar as constantes falhas no abastecimento de água em Cruzeiro do Sul, após sucessivas denúncias de moradores sobre longos períodos sem fornecimento. A iniciativa busca apurar a responsabilidade pelo problema e cobrar providências dos órgãos competentes diante do impacto direto na rotina da população.
De acordo com o MP, relatos e reportagens apontam que bairros como Lagoa, Morro da Glória, Aeroporto Velho, São José, Cinturão Verde e Remanso chegaram a ficar até dez dias consecutivos sem água. Em algumas residências, famílias com crianças pequenas, idosos, pessoas doentes ou com deficiência enfrentaram mais de cinco dias de desabastecimento, situação que compromete a higiene básica, a saúde e fere a dignidade de grupos considerados prioritários pela legislação. Um dos casos mais recentes ocorreu em 21 de novembro, quando moradores do bairro Lagoa bloquearam a Ponte da União em protesto contra cerca de dez dias sem fornecimento.
O procedimento aberto pelo MPAC tem três objetivos centrais: monitorar e fiscalizar as causas estruturais e imediatas das interrupções, articular ações entre os órgãos públicos para buscar uma solução definitiva e, se necessário, adotar medidas judiciais ou extrajudiciais para assegurar o direito fundamental ao acesso contínuo à água potável. O Ministério Público ressalta que o abastecimento regular é um serviço essencial e que a falta prolongada pode caracterizar violação a direitos básicos da população, exigindo resposta rápida e efetiva do poder público.

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