A Prefeitura de Rio Branco formalizou nesta sexta-feira (10) um acordo de cooperação técnica com a Universidade Federal do Acre (UFAC) para garantir a preservação, custódia e pesquisa do acervo arqueológico do município. O termo, publicado no Diário Oficial da União, terá validade até 2030 e será acompanhado tecnicamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O acervo, composto por peças cerâmicas e materiais com até dois mil anos de história, será transferido em duas etapas para o Centro de Arqueologia e Antropologia Indígena da Amazônia Ocidental (CAAINAM), onde ficará disponível para pesquisa científica e visitação pública.
Durante o ato, o prefeito Tião Bocalom destacou a relevância da parceria para a valorização do patrimônio histórico da capital. Representantes da FGB, IPHAN e UFAC ressaltaram que a transferência segue normas nacionais e permitirá melhores condições de conservação e acesso ao público. A arqueóloga responsável pelo acervo atuará diretamente na UFAC, garantindo o acompanhamento técnico e a integridade das peças. A iniciativa também foi elogiada por lideranças locais, como o vereador João Paulo, que reconheceu o esforço conjunto das instituições envolvidas.
A previsão é que a transferência definitiva do acervo seja concluída até fevereiro de 2026. O material ficará sob guarda da UFAC por cinco anos, até que o município disponha de um museu próprio para abrigar o patrimônio arqueológico. Segundo o professor Jacó Piccoli, do CAAINAM, o acervo tem potencial para contribuir significativamente com a pesquisa sobre a ocupação humana na Amazônia Sul-Ocidental.