Um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor às 6h (horário de Brasília) desta sexta-feira (10), após o governo israelense ratificar o compromisso com o grupo Hamas para suspender as hostilidades. A trégua marca o fim de uma guerra devastadora de dois anos que deixou mais de 67 mil mortos, maior parte deles palestinos, e resultou em uma grave crise humanitária na região.
Com a suspensão dos ataques, milhares de palestinos começaram a retornar para suas casas, muitas das quais foram destruídas pelos bombardeios israelenses ao longo do conflito. O acordo contempla a retirada parcial das tropas israelenses em Gaza para linhas que deixam sob controle cerca de 53% do território palestino, reduzindo a ocupação dos 75% anteriores.
O acordo também inclui a libertação dos 48 reféns israelenses mantidos pelo Hamas, prevista para ocorrer em até 72 horas, e a troca destes por centenas de prisioneiros palestinos. Além disso, foi autorizado o aumento da entrada de ajuda humanitária, com caminhões levando alimentos, medicamentos e suprimentos básicos para a população assolada pela fome e pelo conflito.
Este cessar-fogo foi negociado com mediação do Egito, Estados Unidos, Catar e Turquia, com participação do presidente Donald Trump, que viu o acordo como um “primeiro passo para uma paz duradoura e permanente” na região. Apesar da trégua, as tropas israelenses permanecem em prontidão para retomar as ações caso o Hamas viole o acordo.
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