Felca e Cela Lopes viram réus após comentários sobre chá revelação viral

O influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, e a empresária Marcela Eduarda Lopes Schreiner, a Cela Lopes, foram formalmente incluídos como réus em uma ação judicial por danos morais movida por uma família de Mogi Guaçu (SP). O processo teve início após os dois utilizarem, sem autorização, um vídeo íntimo de um chá de revelação publicado no TikTok, fazendo comentários considerados depreciativos sobre os participantes. Durante uma live transmitida por Felca, o conteúdo foi rotulado como “chá revelação de pobre”, com falas que, segundo os autores da ação, expuseram a família ao ridículo perante milhões de seguidores nas redes sociais.

A petição judicial argumenta que os comentários ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, configurando ofensa à honra e à imagem dos envolvidos. Entre as falas destacadas estão expressões como “coitado do menino” e “me bote pra adoção que é mais vantajoso”, atribuídas a Cela Lopes. A família afirma que os vídeos foram monetizados nos canais dos influenciadores, gerando lucro às custas da humilhação pública. A ação pede indenização de 100 salários mínimos, distribuídos entre os quatro membros da família, além da apuração criminal por injúria e difamação. O Ministério Público foi incluído no processo por envolver menores de idade.

Em decisão inicial, o juiz Sergio Augusto Fochesato concedeu justiça gratuita aos autores, mas indeferiu o pedido liminar de remoção dos vídeos, alegando ausência de provas documentais como URLs e tentativas prévias de exclusão. Os réus foram citados e têm quinze dias para apresentar defesa. A CNN informou que tentou contato com os representantes legais de Felca e Cela Lopes, mas não obteve retorno até o momento. O caso reacende o debate sobre os limites da exposição digital e o uso de conteúdos privados em plataformas públicas.

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