O laudo pericial confirmou que Ruan Roger da Silva Barbosa, de 32 anos, e Diony Magalhães Oliveira, de 22, morreram por asfixia seguida de afogamento enquanto realizavam manutenção em uma caixa d’água no Condomínio Residencial Via Parque, em Rio Branco, na tarde de quinta-feira (12). Os trabalhadores atuavam para a empresa terceirizada Pimentel Engenharia e, segundo familiares, estariam sem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no momento do acidente. A empresa, no entanto, afirma que os materiais foram entregues e utilizados dias antes no mesmo serviço.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os pintores estavam aplicando um produto químico no interior do reservatório, que possui cerca de 30 metros de altura. Um dos trabalhadores passou mal e pediu ajuda, sendo seguido por um colega que também desmaiou ao tentar socorrê-lo. Um terceiro funcionário tentou intervir, mas não conseguiu entrar no espaço confinado. O local apresentava acúmulo de gases tóxicos e cerca de um metro de água. Os corpos foram retirados por volta das 18h30 e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames.
A empresa Pimentel Engenharia divulgou nota de pesar e afirmou estar colaborando com as autoridades. O proprietário, Germano Pimentel, declarou que os EPIs — incluindo cinto de segurança, máscara com filtro químico e cordas — foram fornecidos, mas não soube explicar por que não estavam sendo usados no momento do acidente. Familiares das vítimas, por outro lado, questionam a ausência dos equipamentos e apontam falhas na segurança do trabalho. A Polícia Civil investiga o caso, que reacende o debate sobre condições de trabalho em ambientes de risco.
* Com Informações do G1 Acre