O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, confirmou nesta quinta-feira, 12, que o ressarcimento aos aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será feito com recursos do Tesouro Nacional. A medida visa garantir agilidade na devolução dos valores, sem que os beneficiários precisem aguardar o desfecho de processos judiciais contra as associações envolvidas nas fraudes. Segundo o ministro, o governo buscará posteriormente o reembolso junto às entidades responsáveis.
A estimativa inicial do prejuízo causado pela fraude gira em torno de R$ 4 bilhões, afetando até 9 milhões de beneficiários. Desses, cerca de 3 milhões já entraram em contato com o INSS para confirmar ou contestar os descontos. O restante ainda pode se manifestar, sem prazo definido, por meio de autodeclaração. O governo afirma que o processo de ressarcimento não dependerá da manifestação de todos os afetados para ser iniciado, priorizando a reparação imediata dos danos.
Três associações concentram a maior parte das reclamações: Ambec, Conafer e Amar Brasil, que juntas somam quase 700 mil registros. Desde o fim de maio, aproximadamente 685 mil pessoas procuraram os Correios para verificar se foram vítimas da fraude. O caso expõe fragilidades nos mecanismos de autorização de descontos em benefícios previdenciários e reforça a necessidade de maior controle e transparência na relação entre entidades e segurados.