Iluminação pública precária em regiões do Norte do país revelam desigualdade na infraestrutura urbana

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A iluminação pública, essencial para a qualidade de vida, segurança, mobilidade e estímulo econômico, está presente na vida de mais de 90% dos brasileiros, segundo a Pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, parte do Censo Demográfico 2022, divulgada pelo IBGE. No entanto, o Amapá, na região Norte, é o único estado abaixo desse percentual, com apenas 51 municípios registrando menos de 80% de cobertura.

O pesquisador do IBGE, Maikon Novaes, destacou que Goiás lidera com 99% de cobertura, enquanto municípios como Itaubal, no Amapá, têm menos de 50%. Outros municípios com baixa cobertura incluem Benjamim Constant e Uiramatã, em Roraima, e Diamante do Sul, no Paraná, com 60,6%.

A pesquisa também revelou disparidades na infraestrutura urbana com base na cor ou raça dos moradores. A população que se considera amarela possui melhor infraestrutura em quase todos os quesitos, como pavimentação, iluminação pública, pontos de ônibus, sinalização para bicicleta, presença de calçada, rampa para cadeirantes e arborização. A população branca ocupa a segunda melhor posição.

Por outro lado, a população preta apresenta percentuais mais baixos em iluminação pública, sinalização para bicicleta, calçadas, rampas para cadeirantes e arborização. A população indígena, residente em áreas urbanas, tem os piores percentuais em todos os quesitos de infraestrutura pesquisados pelo IBGE.