Em resposta à PEC que propõe a redução da escala 6×1, uma ala do Centrão e parlamentares da oposição estão retirando das gavetas propostas alternativas. Entre elas, está um rascunho do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que sugere a flexibilização da jornada de trabalho para o funcionalismo público, incluindo um esquema 4×3 – quatro dias consecutivos trabalhados para três de folga. A ideia foi impulsionada por um discurso recente de Bolsonaro, que orientou seus correligionários a buscar maneiras de se opor à PEC do PSOL.
Além disso, uma ala do Centrão está considerando a possibilidade de permitir que trabalhadores CLT escolham um regime baseado em horas trabalhadas, semelhante ao modelo dos Estados Unidos. O deputado Maurício Marcon (Podemos) circulou um texto prévio que propõe calcular as remunerações com base no salário mínimo nacional e um valor mínimo para a hora trabalhada. A proposta assegura que todos os direitos trabalhistas sejam proporcionais à carga horária efetivamente trabalhada no regime flexível.
Essas iniciativas ainda precisam passar pelo primeiro crivo de 171 signatários para avançar. A movimentação política reflete a busca por alternativas que possam equilibrar as demandas dos trabalhadores e a necessidade de flexibilização das jornadas de trabalho, enquanto a PEC da escala 6×1 continua a gerar debates acalorados no Congresso Nacional e nas redes sociais.