Por Edinho Levi
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social de quem é diagnosticado. Diferente de uma doença, o autismo não possui cura, mas pode ser gerido com apoio e intervenções adequadas.
A FALTA
No Estado do Acre, a realidade dos indivíduos com TEA é marcada pela falta de suporte eficiente e contínuo. O sistema público de saúde ainda luta para oferecer diagnósticos precoces e intervenções necessárias, o que leva a uma fila crescente de pessoas à espera de atendimento.
A ausência de serviços especializados e de profissionais capacitados agrava ainda mais a situação, fazendo com que muitas famílias tenham que buscar tratamento em outros estados.
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Parlamentares acreanos como o senador Alan Rick têm se mostrado comprometidos com a causa autista, lutando por políticas públicas que possam melhorar a vida dessas pessoas e de suas famílias. No entanto, apesar dos esforços isolados, a rede pública de suporte permanece insuficiente. Iniciativas como a criação do Espaço da Calma no Via Verde Shopping mostram uma sensibilidade crescente para a inclusão de pessoas com TEA em espaços públicos, oferecendo um local seguro e confortável para elas. Esse tipo de iniciativa é crucial, mas não substitui a necessidade de políticas públicas estruturadas e contínuas.
SEM SUPORTE
O Estado do Acre precisa urgentemente de uma abordagem mais robusta e sistêmica para lidar com o TEA. A implementação de centros de referência especializados em diagnóstico e tratamento, o treinamento de profissionais da saúde e da educação para lidar com o espectro autista, e a garantia de acesso contínuo a terapias e intervenções são passos fundamentais. Além disso, campanhas de conscientização para a população geral são essenciais para reduzir o estigma e promover a inclusão.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Para zerar a fila de diagnóstico e atendimento do TEA, é crucial um esforço conjunto entre o governo estadual, os municípios e a sociedade civil. Investir em infraestrutura, capacitação e conscientização é um dever do poder público que precisa ser priorizado.
Somente com um sistema eficiente e sensível às necessidades das pessoas com TEA, o Acre poderá oferecer uma qualidade de vida digna e inclusiva para todos os seus cidadãos.